Praça dos Três Poderes

É difícil explicar a sensação que nos invade quando vivenciamos na prática o que aprendemos em livros e acompanhamos diariamente na mídia. Pois é. A Praça dos Três Poderes em Brasília nos  leva a esta sensação. A Praça é um amplo espaço cívico que integra o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, sedes dos Três Poderes da República: Legislativo, Executivo e Judiciário. Idealizada por Lúcio Costa e projetada por Oscar Niemeyer, além dos palácios a Praça inclui esculturas, monumentos, a Pira da Pátria, o Marco Brasília e o Mastro da Bandeira. Não é uma praça tradicional, com árvores que proporcionam sombra às pessoas que nela permanecem. De vegetação, somente as palmeiras imperiais que circundam a grande superfície de água do Congresso Nacional.

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Transitar pela área externa da praça é bem interessante, nossa história está no ar. No entanto, requer paciência e cuidado. Se o dia estiver aberto e ensolarado, prepare-se para passar muito calor. Se estiver chovendo, não vale o passeio. O ideal é um dia agradável para que você possa desfrutar as sensações e enfrentar os obstáculos da praça de maneira mais leve. Além de vivenciar as histórias que são escritas naquele local, apreciar as esculturas e as construções que são bem bonitas, o tempo todo você tem que se preocupar com a localização de rampas de acesso e, quando as localiza, torcer para que não tenha nenhum carro obstruindo o acesso. Procurar caminhos possíveis para chegar mais perto dos prédios, esculturas e monumentos é tarefa complicada e você terá que se conformar se não conseguir chegar a alguns locais. Vamos lá. Estive em Brasília no feriado de 15 de novembro de 2013, exatamente no fim de semana em que muitos integrantes do mensalão foram presos. Como a praça é ponto de visitação turística e de concentrações populares, estava cercada de cuidados. O Palácio do Planalto, por exemplo, só pudemos observar de longe, pois grades o cercavam quase que totalmente. No Congresso Nacional foi possível fazer uma visita guiada e percorrer seu interior sem dificuldades. Porém, ao tentar me aproximar do STF, que também estava cercado, não fui nada feliz. Procurava uma rampa de acesso que me permitiria caminhar com a Julinha pelo pequeno espaço da calçada e que me levaria até a placa de identificação. Como não há, subi com ajuda em um degrau mais baixo. Andei apertada, mas tirei a foto que queria. Ao voltar pelo mesmo local, ao descer o degrau com a Julinha caí e ganhei vários arranhões. Seguranças apareceram e queriam chamar o resgate. Sorri e agradeci. Lamentei os arranhões e transmiti o recado que foi bem desagradável passar pelo constrangimento de não ser recebida na casa que sempre aprendi que era de todos nós. Diante desse episódio, a praça ficou sem graça.

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